Artista, curadora e ativista

Delphine Fabbri Lawson é conhecida pela sua arte reveladora da alma e por nos dar uma visão diferente de pessoas invisíveis e de outras culturas, bem como pelo seu ativismo empenhado na defesa dos direitos dos povos indígenas e na preservação da sua cultura.

A imagem, o som e as práticas e manifestações de estados alterados de consciência, incorporando tradições culturais ancestrais como o xamanismo indígena em diálogo com a hipnose Ericksoniana, são parte essencial da sua linguagem e processo criativos, visando promover o diálogo entre culturas, o despertar da consciência colectiva e até de memórias ancestrais noutros.

Um compromisso de artista ativista imerso entre dois mundos: o das artes, das ciências (antropologia, ciências cognitivas, tecnologias inovadoras, hipnose transcultural) na Europa, na Ásia e na América Latina, e o da natureza fervilhante das florestas amazónicas e atlânticas do Brasil, dos espíritos que as habitam e dos povos indígenas que as protegem, metamorfoseando-se num compromisso com a vida.
Esta transformação foi desencadeada pelo nascimento do seu filho Vera Xunu (Caminho da Luz), fruto da união com Tupa Nunes de Oliveira, líder espiritual e xamã da etnia Tupi Guarani mbya, com quem continua a sua missão de curandeira e artista-ativista para sensibilizar outras culturas e fazer ouvir as vozes e os direitos das comunidades indígenas.